terça-feira, 26 de junho de 2012

cuidados


 O uso indiscriminado de medicamentos, sobretudo antibióticos, aumenta de forma considerável o risco de casos de superbactérias – micro-organismos resistentes à maior parte dos tratamentos disponíveis. O alerta é do diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcos Antonio Cyrillo.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 440 mil casos de tuberculose resistente são registrados no mundo todos os anos, além de cerca de 150 mil mortes decorrentes de infecções por superbactérias.

“Não há hospital livre disso. Lógico que um hospital de grande porte e de alta complexidade ou um hospital universitário com vários leitos de UTI [unidade de terapia intensiva] e que interna pacientes com cirurgias complicadas são o tipo de lugar que pode ter mais bactérias resistentes. Mas nenhum hospital ou casa de repouso com longa permanência está livre disso”, observou Cyrillo.

Para o infectologista, o uso indiscriminado de antibióticos configura, de certa forma, um problema cultural, já que o profissional de saúde se sente mais seguro ao receitar o medicamento. “Ele acha que está fazendo um bem para o paciente, mas vários fatores precisam ser levados em conta na hora de fazer um programa de prevenção e também de orientação para o uso de antibiótico”, reforçou.

Na tentativa de conter os casos de superbactéria no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que a venda de antibióticos só pode ser feita com a apresentação de duas vias da receita médica. O objetivo, de acordo com a gerente de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde, Magda Machado, é restringir a automedicação, já que uma via fica retida pelo estabelecimento.

Ela lembrou que, após os casos da superbactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) registrados no país nos últimos anos, a Anvisa editou uma nota técnica que trata da identificação, prevenção e controle de infecções relacionadas a micro-organismos multirresistentes. Entre as obrigatoriedades nas unidades de saúde está a higienização das mãos por meio do uso de álcool em gel por profissionais de saúde e visitantes.

Francisca Silva, 52 anos, é representante de laboratório e tem medo de contrair qualquer tipo de infecção resistente a medicamentos. “Tomo certos cuidados com a higiene porque trabalho em hospital e, por isso, estamos suscetíveis a todo tipo de contaminação. Procuro me proteger de qualquer uma delas”, contou.

A dona de casa Andreia Queiroz da Silva, 34 anos, tem lúpus, doença que compromete o sistema imunológico, e também se preocupa em manter hábitos como lavar as mãos com água e sabão quando frequenta unidades de saúde. “Acho que está faltando informação sobre essa superbactéria. Nos hospitais, é comum vermos panfletos com orientações sobre a higienização das mãos, mas muita gente não segue.”

Cleide Teixeira, 39 anos, é enfermeira e trabalha há 19 anos na mesma unidade de saúde. Além da higienização das mãos, ela usa luvas cirúrgicas descartáveis como alternativa para se proteger e proteger os pacientes de micro-organismos multirresistentes. “Nós, profissionais de saúde, estamos expostos a qualquer tipo de doenças. Temos a obrigação de evitar que os pacientes sejam contaminados”, avaliou.

super bacterias

As superbactérias se tornaram o assunto do momento nas revistas e telejornais brasileiros nas últimas semanas.Para ajudar a esclarecer o assunto entrevistamos o Prof. Dr. Marcos Grisotto,coordenador do Mestrado em Biologia Parasitária do Uniceuma.Agradecemos ao caro professor pelas respostas e reproduzimos a entrevista a seguir:
Professor Grisotto afinal o que são estas chamadas superbactérias?
O termo superbactérias se refere a cepas de bactérias patogênicas que sofrem uma seleção ao longo do tempo devido ao uso incorreto e indiscriminado de anti-microbianos, tornando-se  assim multirresisitentes à diversos antibióticos. A principal conseqüência dessa seleção é a propagação das mesmas em ambientes hospitalares, onde geralmente muitos pacientes já possuem outras enfermidades o que facilita sua disseminação.
Esta é uma ameaça real para a saúde das pessoas?
Sim, pois se não existem antibióticos efetivos para o combate a essas bactérias, como é o caso da Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) onde o controle da infecção fica prejudicado, promovendo em última instância a morte do indivíduo.
É possível ser contaminado em ambiente extra-hospitalar?
A possibilidade existe, porém segundo informações recentes do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, grande parte da transmissão tem sido registrada no próprio ambiente hospitalar. Isso se deve em parte a presença nestes locais de pacientes com outras enfermidades ou  mesmo de pessoas com o sistema imunológico comprometido.
A medida que a vigilância sanitária tomou em relação ao uso do álcool gel para desinfecção das mãos  é suficiente para combater o problema?
 A medida anunciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)  indicando  a lavagem constante das mãos por profissionais de saúde bem como  o uso do álcool em gel ou líquido em todas as unidades de saúde do Brasil é uma medida simples e efetiva no controle da transmissão.  Além dessa medida, o treinamento apropriado desses profissionais e a melhoria nas condições físicas  e de atendimento dessas unidades saúde, entre outros fatores, também são importantes para inibir a proliferação dessas bactérias e outros patógenos .
O senhor acredita que em algum momento ficaremos sem armas para combater as super-infecções?Como andam as pesquisas de novos antibióticos?
Esta é  uma questão em aberto, pois à medida que desenvolvemos novos medicamentos contra essas bactérias multirresistentes o uso abusivo e indiscriminado  desses antibióticos e a automedicação promovem o aparecimento de novas cepas resistentes. A resposta a esta questão depende da conscientização de consumidores, farmacêuticos e indústrias de medicamentos em relação à venda, dispensação  e consumo desses anti-microbianos.  Em relação ao desenvolvimento de novos antibióticos, a indústria farmacêutica investe milhões de dólares  anualmente no desenvolvimento de novas drogas mas nem sempre esse investimento é suficiente para acompanhar a evolução dessas superbactérias.
Conforme dados do IBGE, 36% dos hospitais brasileiros com leitos para internação não contam com uma comissão de controle de infecção hospitalar. Existe negligência na gestão dos hospitais públicos?
A situação das unidades hospitalares públicas é um problema sócio-político, que passa pela boa vontade dos governos estaduais e federal em tratar a saúde pública como questão central de governo. Alguns progressos tem sido registrados em relação a atuação do governo através do SUS mas muito ainda precisa ser feito para obtermos um bom padrão de qualidade no atendimento à pacientes.

Existe o risco de uma epidemia hospitalar de “superbactérias”?
Na minha opinião esse risco existe e o sucesso no controle de uma epidemia dependerá não somente da ação dos profissionais de saúde, mas também da adoção de medidas governamentais e da população no sentido de se investir mais recursos nos hospitais públicos e de se ter o hábito de lavar as mãos depois de freqüentar locais públicos e antes das refeições.

vacinaçao


A importância da vacinação

vacinação é uma forma de fortalecer o organismo contra determinadas infecções. Os seus princípios empíricos já são conhecidos há muito tempo, embora só recentemente tenham sido utilizados de forma moderna e massiva. Constitui uma das maiores vitórias da medicina, e muitos de nós não estaríamos vivos se não fosse a vacinação.
Em Portugal, administram-se vacinas desde o início do século XIX, designadamente a anti-variólica, mas foi apenas a partir de 1965, com a criação do Programa Nacional de Vacinação(PNV) que os ganhos em saúde foram significativos.   No final desse ano, iniciou-se a vacinação em massa contra a poliomielite, registando-se então 292 casos da doença; no ano seguinte registaram-se apenas 13 casos, o que traduz uma redução de 96%! Em 1966, efectuou-se a vacinação em massa das crianças contra a difteria e a tosse convulsa, registando-se nesse ano 1010 casos de difteria e 973 casos de tosse convulsa; no ano seguinte, após a vacinação, registaram-se apenas 479 casos da primeira doença e 493 da segunda, ou seja, uma redução de 50%!
Outra vitória enorme da vacinação, ainda mais espectacular a nível mundial, foi a erradicação da varíola. Esta doença, que durante muitos séculos matou milhões de pessoas, foi considerada eliminada em 1978 e erradicada em 1980; o último caso de doença ocorreu na Etiópia em 1977.
Desde 1965, em Portugal, foram vacinados mais de sete milhões de crianças e vários milhões de adultos através do PNV, que é universal e gratuito. As doenças abrangidas estão eliminadas ou controladas, tendo-se evitado milhares de casos de doença e centenas de mortes, sobretudo em crianças, que teriam ocorrido na ausência de vacinação. As vacinas incluídas no PNV são muito importantes para a Saúde Pública e permitem combater as seguintes doenças:
* Difteria
* Doença invasiva por Haemophilus influenzae b
* Doença invasiva por Neisseria meningitidis C (meningite C)
* Hepatite B
* Papeira (trasorelho ou parotidite epidémica)
* Poliomielite (paralisia infantil)
* Rubéola
* Sarampo
* Tétano
* Tosse convulsa (coqueluche ou pertussis)
* Tuberculose
* Vírus do Papiloma Humano (desde Outubro de 2008).

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Doenças causadas por protozoarios


Amebíase

É uma doença causada pelo protozoário Entamoeba histolytica. Ela entra no organismo humano por meio de alimentos ingeridos que foram mal lavados e continham os cistos (forma que o protozoário adota quando está fora de um organismo). 




Doença de Chagas

A doença de chagas é transmitida pelo barbeiro, um inseto encontrado em várias partes do Brasil. O protozoárioTrypanosoma cruzi passa para o corpo humano quando o barbeiro pica o organismo em busca de sangue. Após a sucção, o barbeiro libera suas fezes na pele, causando coceira. Ao coçar, o indivíduo acaba por jogar as fezes infectadas do barbeiro em sua corrente sanguínea. 


                                              

                                                       Malária





Uma doença histórica, é transmitida pelo mosquito Anopheles que possui em seu organismo protozoários do gêneroPlasmodium. Os sintomas dessa doença são febre alta, dor de cabeça, cansaço, entre outros